Restos de Colecção: Clube de Ténis de Monsanto

27 de abril de 2014

Clube de Ténis de Monsanto

Em 1949 é inaugurado o “Clube de Ténis de Monsanto”, situado na Estrada do Alvito no Parque Florestal de Monsanto em Lisboa, projecto do arquitecto  Francisco Keil do Amaral, com a colaboração do arquitecto Hernâni Gandra. Já anteriormente em 9 de Julho de 1942, tinha sido inaugurado o miradouro e Pavilhão de Chá de Montes Claros, ambos também projectados pelo arquitecto Keil do Amaral.

 Clube de Ténis de Monsanto.1

 

Estes equipamentos faziam parte do projecto global do arquitecto Fernando Keil do Amaral para o Parque Florestal de Monsanto, concebido a partir de 1938, que pretendia organizar uma área de perto de 900 hectares, arborizada e onde se implantariam diversos equipamentos, como parque infantil, pavilhão de chá, clube de ténis, miradouros, etc.

"O projeto do Parque de Monsanto constitui uma obra incontornável no quadro das grandes intervenções levadas a cabo em Lisboa durante o século XX. Transferindo para a periferia da cidade o grande parque, revela um novo entendimento da questão dos espaços verdes urbanos integrados na escala mais vasta da área metropolitana e da expansão da cidade". Keil desenvolve o plano geral e os projetos dos equipamentos. "No final da década dos anos 40, as obras do Clube de Ténis ou do Restaurante de Montes Claros vão traduzir-se em felizes momentos do percurso de Keil do Amaral, atingindo subtilmente aquele sentido de depuramento, de despojamento que vinha explorando desde as primeiras pesquisas da paixão holandesa. Com efeito, a partir de 1948 Keil assume uma maior modernidade segundo os códigos do Movimento Moderno, dando um novo sentido à sua produção: no Restaurante de Montes Claros, liberta o plano do chão, no Clube de Ténis rasga grandes envidraçados e resolve a cobertura com uma enorme agilidade". Ana Tostões em “Keil do Amaral, o arquitecto e o humanista”, e em “A Lisboa de Keil”.

  

 

Junto aos courts de ténis, o arquitecto concebeu um pavilhão em dois pisos com uma cobertura, de uma única água em chapa de fibrocimento apoiada em asnas de madeira. Neste pavilhão está instalado, actualmente, o “Restaurante Grelha Real”.

        

fotos in: Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Arquivo Municipal de Lisboa, Do Porto e Não Só

Sem comentários: